Desenvolvimento Sustentável:
“O
desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem
comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas
próprias necessidades, significa possibilitar que as pessoas, agora e no
futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico e
de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos
recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais.” (Relatório Brundtland).
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Barbieri (2009)
define sustentabilidade como ”[...] um legado permanente de uma geração a
outra, para que todas possam prover suas necessidades [...]” (Barbieri, 2009,
pg. 38).
Não consigo compreender como em um planeta com recursos finitos e
necessidades humanas ilimitadas, o desenvolvimento sustentável pode ser
realidade. Sou grande defensor da consciência macro, onde o bem comum é mais
valorizado que o desejo individual. Fique calmo, não sou comunista nem socialista,
até mesmo porque o tempo já mostrou que estes não são as melhores alternativas.
Contudo, hoje somos mais de 7 bilhões de habitantes e, todos querem consumir. O
planeta é um só, e limitado em recursos para satisfazer das nossas necessidades
e desejos.
Como crer em desenvolvimento sustentável numa sociedade que ainda
visa o automóvel particular como principal meio de transporte, onde o governo
da subsídios fiscais a este tipo de industria para manter a economia em
crescimento? Como posso crer em desenvolvimento sustentável em uma sociedade
antropocêntrica que ainda compra o estilo de vida norte-americano como ideal?
Não quero ser pessimista em minhas observações, mas a atual
sustentabilidade pregada nas empresas e instituições de ensino não me aponta o
norte solucionador destes dilemas humanos e sociais. Acho que vamos consumir os
recursos do nosso planeta até não podermos mais. Como ser sustentável quando o
crescimento populacional vai na contramão da disponibilidade de recursos?
Sinceramente, não sei.Talvez haja necessidade de um controle populacional a
nível mundial, uma nova mentalidade no que diz respeito ao consumo, o
aproveitamento de tecnologias energéticas já existentes que são deixadas de
lado devido interesses escusos e minoritários. Há muito que se fazer, mas quando
teremos peito para fazer? Talvez só quando não tivermos alternativa.