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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Desenvolvimento Sustentável, será?






Desenvolvimento Sustentável:
“O desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades, significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais.” (Relatório Brundtland).
 
Barbieri (2009) define sustentabilidade como ”[...] um legado permanente de uma geração a outra, para que todas possam prover suas necessidades [...]” (Barbieri, 2009, pg. 38).

Não consigo compreender como em um planeta com recursos finitos e necessidades humanas ilimitadas, o desenvolvimento sustentável pode ser realidade. Sou grande defensor da consciência macro, onde o bem comum é mais valorizado que o desejo individual. Fique calmo, não sou comunista nem socialista, até mesmo porque o tempo já mostrou que estes não são as melhores alternativas. Contudo, hoje somos mais de 7 bilhões de habitantes e, todos querem consumir. O planeta é um só, e limitado em recursos para satisfazer das nossas necessidades e desejos.
Como crer em desenvolvimento sustentável numa sociedade que ainda visa o automóvel particular como principal meio de transporte, onde o governo da subsídios fiscais a este tipo de industria para manter a economia em crescimento? Como posso crer em desenvolvimento sustentável em uma sociedade antropocêntrica que ainda compra o estilo de vida norte-americano como ideal?
Não quero ser pessimista em minhas observações, mas a atual sustentabilidade pregada nas empresas e instituições de ensino não me aponta o norte solucionador destes dilemas humanos e sociais. Acho que vamos consumir os recursos do nosso planeta até não podermos mais. Como ser sustentável quando o crescimento populacional vai na contramão da disponibilidade de recursos? Sinceramente, não sei.Talvez haja necessidade de um controle populacional a nível mundial, uma nova mentalidade no que diz respeito ao consumo, o aproveitamento de tecnologias energéticas já existentes que são deixadas de lado devido interesses escusos e minoritários. Há muito que se fazer, mas quando teremos peito para fazer? Talvez só quando não tivermos alternativa.